sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
Sua carreira vai decolar
Pós-Mba em Gestão Avançada de Negócios com certificação da UERJ
Assista ao depoimento:
Assista ao depoimento:
A importância dos programas Stricto Sensu para as IES
Este artigo (post) serve apenas para posicionar você em
relação ao cenário mais recente (2016) da avaliação das instituições de ensino
superior realizada pelo INEP e divulgada em seu portal.
Vou apresentar para
você três gráficos interessantes. O primeiro, denominado Gráfico 1 totaliza as
IES por seu resultado geral que é chamado de IGC (índice Geral de Cursos) que é
a média das avaliações de todos os cursos de uma instituição, inclusive apropriadas
as notas dos programas de Mestrado e Doutorado.
Veja que a maior
parte das IES está na média da avaliação que usa uma escala de 1 a 5. Em uma
próxima oportunidade vamos falar sobre o cálculo do IGC. Por enquanto veja
apenas a distribuição das IES brasileiras da rede privada. Melhor deixar as IES
públicas e sem fins lucrativos fora desta análise para que possamos entender
melhor o cenário.
Fonte: INEP(2018)
Em seguida veja o Gráfico 2. Ele foi construído a partir do
chamado IGC contínuo que traz um cálculo em que se consideram três casas
decimais em seus resultados. Essa forma de cálculo pode colocar uma IES em
situação confortável dentro de sua faixa de IGC ou pode deixá-la em uma
situação que merece cuidados. No gráfico estão apontados os números de IES cujo
IGC contínuo está há pouquíssimos pontos para fazê-la subir para uma faixa na
escala do IGC.
Fonte: INEP(2018)
Por outro lado, no Gráfico 3, o mesmo efeito é
apresentado, porém apresentando a quantidade de IES cujo IGC contínuo está
muito próximo do limite inferior da faixa de IGC o que torna maior o risco
geral da IES.
Fonte: INEP(2018)
Você já deve ter
percebido que se a escala usada pelo INEP para o IGC vai de 1 a 5, a média (ou
chamado desempenho satisfatório) posiciona-se no IGC 3. Cair para IGC 2 ou 1
assim como estar nessas faixas de IGC significa perdas consideráveis na gestão
e nos resultados das IES, inclusive para candidatura a diversos programas de
financiamento estudantil.
Os gráficos 2 e 3
foram construídos levando em consideração apenas as IES que não possuem nenhum
programa de mestrado ou doutorado. Assim sendo você pode deduzir que, apesar de
não serem lucrativos em primeira vista, Pós-graduação Stricto Sensu pode significar o alcance de um IGC
positivo para as estratégias da IES ou a falta deles pode elevar o risco para
aquelas IES que estão na faixa 3 e bem próximas da faixa 2 por questão de IGC
contínuo.
Se você é CEO, Reitor
ou Pró-reitor pense nisso para decidir quais passos precisam ser tomados para
atender os interesses dos investidores da IES sem agregar risco demasiado ao
resultado dos negócios educacionais que gerenciam.
Doutor em Administração pela USP, consultor educacional e professor universitário.
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Pós-MBA em Gestão Avançada de Negócios
Depoimento da profa. Soraia Finamor, professora do Pós-MBA em Gestão Avançada de Negócios da Escola Paulista de Negócios em parceria com a UERJ
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Cartel: o acordo e a trapaça
Poder de mercado (ou poder de
monopólio) é definido pela teoria econômica em termos da diferença entre o
preço praticado pela firma e o preço que seria obtido num mercado perfeitamente
competitivo (RANGEL, 2017). Poder de mercado é, portanto, uma questão de grau -
quanto maior, tanto maior o preço para o mercado. Para efeito da política de
defesa da concorrência o poder de mercado de um vendedor é definido como a sua
capacidade de manter, por um período significativo de tempo, os preços acima
dos níveis que seriam obtidos num mercado perfeitamente competitivo (CADE,
2016). Assim, uma conduta é anticompetitiva quando decorre do abuso de poder de
mercado, ou seja, de estratégias competitivas que propiciam a elevação nos
preços (ou imposição por parte do vendedor de condições comerciais
desfavoráveis ao comprador), que não seja fruto da maior eficiência econômica.
No caso do cartel, por
exemplo, as empresas fazem acordos explícitos com a finalidade de elevar o poder
de mercado conjunto. Como consequência, os preços de mercado aumentam.
Não por outro
motivo, examinar a coordenação das políticas comerciais de empresas
oligopolistas, que teriam como o objetivo maximizar lucros conjuntos no
oligopólio não é algo trivial de ser realizado. A coordenação oligopolista
deriva do imediato e consistente conhecimento das ações dos concorrentes, da
repetição das ações de mercado (inclusive com a criação de rotinas) e,
principalmente, do reconhecimento de que no longo prazo a maximização de lucro
passa pelo acordo em vez da competição. Dito de outra foram, ocorre oligopólio
somente quando é mais lucrativo coordenar do que competir.
É importante observar que tal aceitação por parte das firmas é
fundamental para a estabilidade da coordenação oligopolista. As expectativas
relativas aos ganhos esperados são essenciais para que as empresas se engajem
em acordos dessa natureza. Porém, cabe a ressalta de que pela teoria econômica, as
firmas têm um incentivo à “trapaça” (ao desvio do acordo). Isto porque desviar
do acordo aumenta significativamente as vendas da empresa “traidora‟. Dessa
maneira, é preciso haver alguma forma de controle que garanta que os termos do
acordo serão cumpridos e que nenhuma firma se beneficiará, ou seja, ganhará
mais do que as demais. Para tanto, é necessário que haja algum tipo de monitoramento
da conduta concertada e é preciso que seja possível detectar o eventual desvio.
Dessa maneira,
para que acordos colusivos explícitos apresentem estabilidade é preciso que
três condições estejam presentes:
1) que um
consenso seja alcançado quanto à repartição dos lucros do cartel;
2) que a
detecção de traições seja possível; e
3) que haja
mecanismos de punição que desestimulem traições.
Dito de outra
forma, as empresas precisam perceber e estarem convencidas de que os ganhos com
o desvio (a traição) não superam as perdas advindas da competição aberta e que,
como a punição ao traidor envolve custos também para quem vai exercê-la, as
firmas envolvidas preferem retaliar a acomodar diante da constatação de uma
traição.
Todas
essas características foram tratadas no texto seminal de George J. Stigler
(1964), mas cabe, algumas ressalvas, parece razoável aceitar que a assimetria
entre firmas dificultam a obtenção de consenso e, portanto, a capacidade de
coordenação de um cartel. Dito de outra forma, quanto mais simétricas forem as
firmas em um mercado no sentido de semelhança em custo, tamanho e preferências
aos termos da colusão, mais fácil é a coordenação e a efetivação do
oligopólio.
Contudo, e
curiosamente, é destacável que se por um lado a simetria torna-se incentivo para
cada uma das firmas em direção a colusão, por outro, as estimula para o desvio,
que só não ocorrerá frente a possibilidade de punição.
Referências citadas:
BRASIL. CADE
- Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Cartilha do Cade. Brasília: CADE, 2016.
RANGEL, R. Um Ensaio Econômico sobre a Defesa da Concorrência. Estudos do CEPE, v. 45, p 160-172, 2017.
RANGEL, R. Um Ensaio Econômico sobre a Defesa da Concorrência. Estudos do CEPE, v. 45, p 160-172, 2017.
STIGLER, J. A
Theory of Oligopoly. Journal of Political Economy, v. 72. 1964
Ronaldo Rangel é doutor em desenvolvimento econômico pela Unicamp; Paulo Rogério Brene é doutor em desenvolvimento econômico pela UFPR e Patrícia Soares de Oliveira é pós-graduada em direito empresarial pela PUC-MG. As ideias do presente texto foram extraídos do artigo Exame das condições para o cartel em licitações: o Paradigma CDP, apresentado pelos autores em Congresso especializado.
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Como você vem impactando as pessoas...
Vivemos em um mercado altamente competitivo, onde adquirir novos conhecimentos e desenvolver novas competências tem sido um grande diferencial para aqueles que querem ser preferidos, não somente em processos seletivos, mas também como uma forma de manter sua empregabilidade.
Percebe-se que aqueles que tentam se manter com o que tem, perdem grandes oportunidades para aqueles que buscam de forma contínua seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Algumas competências comportamentais são exigidas, tais como:
- Impacto Pessoal;
- Capacidade na Tomada de Decisão;
- Liderança;
- Controle Emocional;
- Flexibilidade.
Ao pensarmos na palavra impacto, nos deparamos com a definição de “impressão forte”. Utilizando esta definição mais a palavra “pessoal”, temos que impacto pessoal refere-se a impressão, ao impacto que cada um de nós temos com a nossa presença, com nossa liderança, com as pessoas.
Ter um olhar para dentro de si, buscando uma autopercepção é o segredo para percebermos como as pessoas nos veem, como tenho impactado as pessoas com minhas decisões no trabalho, na vida, na sociedade.
Como eu gostaria de ser visto? Será que a forma que trabalhei minha imagem está sendo percebida pelas pessoas? Meu comportamento efetivamente está ligado ao que represento ou apresento?
Esta competência impacta diretamente em outra competência que é a Capacidade na Tomada de Decisão, pois devemos saber qual caminho devemos seguir e como estas decisões impactam no todo. Saber direcionar estas ações fará toda diferença em sua gestão e seu impacto pessoal aqui será de grande valia.
Sua Liderança aqui fará toda diferença se você souber o quanto poderá gerar de confiança aos seus pares, empresa e equipe de trabalho. Saber liderar o diferente, motivar as pessoas de sua equipe trará à você o olhar do outro como uma forma segura de confiança nas decisões tomadas.
Para as decisões de forma assertiva, priorize sempre a razão, evitando assim que as atitudes impulsivas tirem você do eixo. Esta competência refere-se ao controle emocional, que também está ligada ao seu impacto, pois poderá evitar conflitos no ambiente organizacional, muitas vezes prejudicando sua equipe.
Por fim, a Flexibilidade que é a competência essencial para um Líder, que diante dos impasses do dia a dia, deve ter a capacidade de flexibilizar suas ações, de saber lidar com as diferenças pessoais e profissionais, estando sempre pronto para se adaptar às necessidades que poderão ou não surgir.
Refletindo com o que foi dito, qual o impacto que você tem causado nas pessoas, positivo ou negativo? Qual impacto você quer para você? Como você gostaria de ser visto?
Você tem feito uso de suas competências comportamentais de forma correta?
Chegou a hora de você fazer uma avaliação para mapear e checar suas aptidões, seus pontos fortes e fracos, em seguida traçar um bom plano de ação para desenvolver as que não possui e potencializar as que já possui.
Use sua força interior e priorize você sempre!
Lúcia Helena Domingues é mestre em administração, professora universitária e
coach personal
@coach.luciahelena
@coach.luciahelena
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Como as PMEs podem lidar com os paradoxos em um processo de inovação sustentável?
A priori, qualquer empresa, pequena, média ou grande – com ou sem fins lucrativos – pode alcançar o desenvolvimento sustentável por meio da inovação sustentável. Trata-se de oferecer um novo recurso organizacional, como produtos, serviços, ideias, experiências, modelo de negócios, processos, sistemas, práticas e estruturas organizacionais etc. O foco está em pequenos impactos ambientais, como economia de energia, prevenção de poluição, reciclagem de resíduos, para atender às novas necessidades dos clientes.
No entanto, a proposta de desenvolvimento sustentável da Comissão Brundtland é considerada um oximoro, o que significa um paradoxo em si, com muitas complexidades e contradições. É uma proposta densa, que engloba as preocupações, os desafios e os esforços comuns de todas as nações, em várias dimensões da realidade humana, como econômica, social, ambiental, política, de saúde, geográfica e cultural. Portanto, leva a interpretações e críticas conflitantes em relação ao seu amplo escopo. Dessa discussão, emergiram dois campos opostos: um que acredita nesta força-ideia e defende a possibilidade de uma sociedade e organizações sustentáveis; e outra, que é cética e ainda duvida se sua aplicabilidade na agenda global.
Dado que o desenvolvimento sustentável e a inovação em sustentabilidade são dois lados da mesma moeda, porque o primeiro para ser colocado em prática depende do segundo, a inovação sustentável também lida com camadas de complexidade e incerteza. Significa lidar com muitas tensões, contradições, dialéticas e paradoxos desse novo paradigma.
Nesse sentido, pequenos e médios empresários também enfrentam camadas de complexidade e paradoxos ao inovar de forma sustentável. Para enfrentar tal situação, podem, por exemplo, utilizar intermediários legais na implementação de iniciativas de inovação sustentáveis, como a Certificação Fair Trade ou Certificação de Comércio Justo.
Foi o que aconteceu com uma cooperativa de agricultores familiares de café no estado do Espírito Santo. Contudo, esta iniciativa enfrentou restrições por parte de alguns cooperados. Assim, para lidar com os paradoxos (produção sustentável ema atendimento às normas e procedimentos da certificação vs resultados rápidos), a cooperativa fez uso de microfundamentos organizacionais (indivíduos, processos, estruturas e suas interações). Em particular, os indivíduos (heterogeneidade dos membros, valores, crenças; habilidades existentes e novas desenvolvidas pelos agricultores; gerações de cafeicultores e nível de educação); processos (colaboração com intermediários legais, procedimentos operacionais e tecnologias de Fairtrade); estruturas (o estatuto da Cooperativa muda com o acréscimo de regras de punição e maior rigor para a entrada de novos cooperados e suas interações).
Trata-se de uma prática diferente e bem-sucedida para incrementar a inovação nas PMEs, melhorando os processos de produção e marketing com resultados positivos na qualidade de vida dos agricultores, suas famílias, comunidade e meio ambiente. Em outras palavras, novas formas de inovação, nas dimensões ambiental, econômica e social.
Márcia D'Angelo
Doutora e Mestra em Administração de Empresas
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
O que é Project Management Office (PMO)
As empresas precisam elaborar
estratégias para competir no mercado global de forma ágil para obter maiores
lucros. Porém, muitas vezes, essas estratégias não são colocadas em prática por
não serem divulgadas ao baixo escalão ou por não terem processos adequados para
executá-las. Nesta lacuna, surge a necessidade de implantar um Escritório
de Gerenciamento de Projetos (EGP) ou um Project
Management Office (PMO), que decide quais projetos
prioritários e atividades estarão sob o seu controle a fim de atingir os
objetivos estratégicos da organização (KERZNER, 2006). Conceituando, PMO
é:
"Um Project Management Office (PMO) é um corpo ou
entidade organizacional à qual são atribuídas várias responsabilidades
relacionadas ao gerenciamento centralizado e coordenado dos projetos sob seu
domínio. As responsabilidades de um PMO podem variar desde fornecer funções de
suporte ao gerenciamento do projeto até ser responsável pelo gerenciamento
direto de um projeto" (Guia PMBOK, 2013).
Kerzner (2006) também
define um PMO da seguinte forma: “Atualmente, o escritório de projetos tem a
responsabilidade de manter toda a propriedade intelectual relativa à gestão de
projetos e de ativamente sustentar o planejamento estratégico da corporação”.
Na visão deste autor e de
Crawford (2010), o escritório de gerenciamento de projetos não está mais a
serviço de um projeto ou cliente, mas de toda a organização com as seguintes
atribuições. Um PMO tem as seguintes atribuições:
a) definir, uniformizar e
defender padrões, processos, métricas e ferramentas,
b) oferecer serviços de gerenciamento, treinamento e documentação,
c) garantir o alinhamento das iniciativas à estratégia organizacional, e
d) elaborar relatórios de progresso e acompanhamento dos projetos.
De acordo com Crawford (2010), o
modelo de um PMO na organização depende da sua carteira de projetos, nível de
maturidade de gestão de projetos e cultura da empresa. Um PMO pode ser definido
quanto ao seu posicionamento hierárquico-funcional, foco de atuação e funções a
serem realizadas. Quanto mais estratégico e corporativo for a atuação de um
PMO, maior será seu posicionamento na estrutura hierárquico-funcional da
organização (nível 3). Inversamente, quanto mais localizada for sua atuação,
mais próxima do nível em que o projeto é desenvolvido (níveis 1 e 2). Os
PMO´s podem ser divididos em três tipos principais, conforme mostra a Figura 1:
Figura 1 - Níveis de atuação de um
PMO
Os níveis de atuação de um
PMO ou escritório de projetos podem ser:
- Nível 1 – PMO de Controle. Responsável
pela emissão de relatórios e pelo acompanhamento de indicadores
previamente estabelecidos, sem influenciar a forma como os projetos são
conduzidos. Um PMO nível 1 controla as atividades do dia a dia dos
projetos e ajuda os gestores na realização das metas, resultados e
orçamento planejados.
- Nível 2 – PMO de uma unidade de
negócios. Controla projetos grandes ou um número expressivo de pequenos e
médios projetos. É responsável por todas as funções de um PMO nível 1,
tais como: a) fornece treinamento em gerenciamento de projetos; b)
estabelece e verifica o cumprimento de padrões e métricas; c) possibilita
o alinhamento dos projetos às estratégias organizacionais; d) controla e
armazena lições aprendidas; e) define, implementa e controla mecanismos de
controle de mudanças; e f) assume o papel de mentor para projetos
com problemas. Um PMO de nível 2 difere de um de nível 1, sobretudo, pelo
poder de influenciar no andamento dos projetos através de metodologias,
técnicas, métricas e ferramentas a serem utilizadas.
- Nível 3 – PMO Estratégico. Opera
no nível corporativo, pois coordena e define políticas para todos os
projetos da organização, gerencia o portfólio corporativo e auxilia também
aos escritórios de nível 1 e 2, caso Este PMO é considerado um
centro de excelência em gerenciamento de projetos, pois guia e auxilia o
nível gerencial das organizações e demais membros das equipes a
alcançarem resultados de maneira mais eficiente e ágil. Suas
principais funções são: a) todas as funções do PMO de nível 2; b)
padroniza o gerenciamento de projetos; c) identifica, prioriza e seleciona
os projetos; c) gerencia corporativamente os recursos; d) implanta e
mantém um sistema de informações; d) alinha os projetos à estratégia
corporativa e; e) desenvolve profissionalmente os integrantes do PMO.
A principal diferença entre os
níveis 2 e 3 dos PMO´s é sua atuação. O nível 2 é de atuação
departamental e o nível 3 de atuação estratégica. Muitos escritórios são
considerados modelos híbridos em relação aos níveis apresentados. O importante
dessa divisão é nãodefinir um PMO de nível 3 com
tarefas operacionais de projetos, ou definir um PMO de nível 1 com tarefas
estratégicas.
Conforme Mansur (2009), a
implantação de um PMO bem-sucedido em uma organização dependerá da sua carteira
dos projetos, cultura e o modelo adotado na gestão dos projetos. As barreiras
devem ser superadas pelo PMO por meio do esforço individual e coletivo da
organização. Segundo Kerzner (2006), os fatores críticos de sucesso para a
implantação de PMO são:
- Regras.
Garantir que todos entendam o que se quer de cada um
- Relatórios. Padronizar
relatórios que evidenciem o status do
projeto e manter métricas históricas
- Metodologia de gerenciamento.
Definir processos, procedimentos, templates,
melhores práticas, padronizações, política, entre outros.
- Treinar os interessados na gestão e
metodologia de projetos
- Transferir conhecimento e treinar novas
habilidades
- Auditoria de projetos.
Examinar se as equipes utilizam corretamente os processos de gerenciamento
- Repositório. o PMO
deve estruturar e gerenciar os documentos do repositório
Kerzner(2006) cita os
benefícios obtidos pela organização com a utilização de um PMO, entre os quais:
padronização de operações; decisões baseadas como um todo e não
individualmente; melhor capacidade de alocação de recursos; acesso as
informações com maior qualidade e rapidez; menor necessidade de reestruturação;
priorização dos projetos e; desenvolvimento de gerentes.
Evolução
Histórica dos PMO´s
Segundo Prado e Archibald (2011),
o PMO não é um conceito novo. No fim da década de 1950 e início da década de
1960, o PMO era utilizado pelas indústrias de construção civil, militar e
aeroespacial ou por empresas que executavam um único projeto de grande
complexidade. Sua missão era dar apoio ao gerente de projeto no planejamento e
acompanhamento através de sistemas de informação. Os especialistas da época
tinham apenas funções de controle e de ações corretivas.
Do final da década de 1970 até
meados da década de 1980, surgiram os primeiros softwaresde
gestão de projetos amigáveis e o PMO expandiu sua atuação para outros setores,
além da indústria de construção civil, defesa e aeroespacial. Para isso,
membros das áreas funcionais não especialistas em projetos, foram alocados nos
escritórios para assumir a função de suporte aos projetos.
Do final da década de 1980 até
meados da década de 1990, o trabalho de controle e suporte dos PMO´s foi
facilitado devido às muitas mudanças sistêmicas nas ferramentas de gestão de
projetos. Gradativamente, o foco de atuação dos PMO´s foi modificado, passando
de projetos simples e isolados, para um ambiente organizacional de
multiprojetos e projetos complexos; de funções de controle e suporte, para um
gerenciamento global e alinhado com as estratégias organizacionais.
A partir do ano 2000, o PMO
torna-se uma estrutura comum na hierarquia das grandes organizações, em função
do crescimento quase exponencial da gestão de projetos, oferecendo diversos
produtos e serviços, conforme as necessidades da organização e dos
patrocinadores do projeto.
O PMO e os Sistemas de
Informação em Gerenciamento de Projetos
O PMO é o guardião da propriedade
intelectual da organização referente a processos, ferramentas, metodologias e
informações e que podem ser coletadas por meio de sistemas de informação. Um
sistema de informação é “um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de
comunicações e recursos de dados que coleta, transforma, e dissemina
informações em uma organização” (KERZNER, 2010). Os tipos de sistemas de
informação em gerenciamento de projetos são:
- Sistema de Informação para
mensuração do valor agregado. Consiste em medir objetivamente o desempenho e
o progresso do projeto comparando custos (real e planejado) e valor
agregado em relação às três curvas de desempenho: Custo Orçado do Trabalho
Agendado, Custo Orçado do Trabalho Realizado e Custo Real do Trabalho
Realizado.
- Sistema de Informação para
gerenciamento de riscos. Fornece dados sobre gerenciamento de riscos
referente ao histórico, relatórios, documentação sobre avaliação de riscos
quantitativo e qualitativo. Fornece informações dos riscos dos projetos ao
alto escalão da empresa.
- Sistema de Informação de falhas de
desempenho. Fornece informações sobre as causas das falhas de insucesso
dos projetos e possíveis recomendações por meio de relatórios.
- Sistema de Informação de lições
aprendidas. Registrar as lições aprendidas em cada projeto. Essas informações
serão relevantes para o aperfeiçoamento de padrões, metodologias,
métricas, estimativas e na maturidade na gestão de projetos.
Desta forma, a implantação de um
PMO requer visão estratégica, conhecimento e ferramentas de apoio que
possibilitem o controle adequado do portfólio, programas e projetos alinhado
com os objetivos estratégicos organizacionais.
Referências
- KERZNER, H. Gestão de projetos: as
melhores práticas. 2ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2006.
- A guide de Project Management Body
of Knowledge (PMBOK® Guide). Fifth Edition. Newton Square, PA: PMI,
2013.
- CRAWFORD, J. K. The strategic project office: a guide to improving
organizational performance. Edition. New York: Marcel Dekker, 2010.
- MANSUR, R. Escritório avançado de
projetos na prática: plano de negócio: a máquina de fazer
dinheiro. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.
- PRADO, D.; ARCHIBALD, R. D. Gerenciamento de projetos para executivos: inclui
portfólios e programas. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2011.
Mônica Mancini, PhD, PMP Tem Pós-Doutoramento em Sistemas de Informação/Projetos/USP (2017), Gestão Estratégica de EAD/Senac(2016), MBA em Gestão Empresarial/FGVSP (2007), Doutorado em Ciências Sociais/PUCSP (2005), Mestrado em Administração/PUCSP (1999), Especialização em Administração Industrial/USP (1992) e Graduação em Administração com ênfase em Análise de sistemas/FASP (1989). Possui certificação PMP, COBIT, ITIL-F, ISO 20000, ISO 27002, Green IT Citizen. Sócia Diretora da MM Project Treinamento e Soluções em TI com foco em Treinamento, Projetos e Internet das Coisas. Mais de 30 anos de experiência na área de tecnologia e projetos. Conselheira de Governança do PMI São Paulo (2017-2018). Prêmio Diretora do Ano 2015 e Prêmio Voluntária do Ano 2012 do PMI São Paulo. Gerente, Mentora e Consultora do NepIOT - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Internet das Coisas / IpT. Professora nos cursos de Graduação e Pós-Graduação Lato Sensu.
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