Este artigo (post) serve apenas para posicionar você em
relação ao cenário mais recente (2016) da avaliação das instituições de ensino
superior realizada pelo INEP e divulgada em seu portal.
Vou apresentar para
você três gráficos interessantes. O primeiro, denominado Gráfico 1 totaliza as
IES por seu resultado geral que é chamado de IGC (índice Geral de Cursos) que é
a média das avaliações de todos os cursos de uma instituição, inclusive apropriadas
as notas dos programas de Mestrado e Doutorado.
Veja que a maior
parte das IES está na média da avaliação que usa uma escala de 1 a 5. Em uma
próxima oportunidade vamos falar sobre o cálculo do IGC. Por enquanto veja
apenas a distribuição das IES brasileiras da rede privada. Melhor deixar as IES
públicas e sem fins lucrativos fora desta análise para que possamos entender
melhor o cenário.
Fonte: INEP(2018)
Em seguida veja o Gráfico 2. Ele foi construído a partir do
chamado IGC contínuo que traz um cálculo em que se consideram três casas
decimais em seus resultados. Essa forma de cálculo pode colocar uma IES em
situação confortável dentro de sua faixa de IGC ou pode deixá-la em uma
situação que merece cuidados. No gráfico estão apontados os números de IES cujo
IGC contínuo está há pouquíssimos pontos para fazê-la subir para uma faixa na
escala do IGC.
Fonte: INEP(2018)
Por outro lado, no Gráfico 3, o mesmo efeito é
apresentado, porém apresentando a quantidade de IES cujo IGC contínuo está
muito próximo do limite inferior da faixa de IGC o que torna maior o risco
geral da IES.
Fonte: INEP(2018)
Você já deve ter
percebido que se a escala usada pelo INEP para o IGC vai de 1 a 5, a média (ou
chamado desempenho satisfatório) posiciona-se no IGC 3. Cair para IGC 2 ou 1
assim como estar nessas faixas de IGC significa perdas consideráveis na gestão
e nos resultados das IES, inclusive para candidatura a diversos programas de
financiamento estudantil.
Os gráficos 2 e 3
foram construídos levando em consideração apenas as IES que não possuem nenhum
programa de mestrado ou doutorado. Assim sendo você pode deduzir que, apesar de
não serem lucrativos em primeira vista, Pós-graduação Stricto Sensu pode significar o alcance de um IGC
positivo para as estratégias da IES ou a falta deles pode elevar o risco para
aquelas IES que estão na faixa 3 e bem próximas da faixa 2 por questão de IGC
contínuo.
Se você é CEO, Reitor
ou Pró-reitor pense nisso para decidir quais passos precisam ser tomados para
atender os interesses dos investidores da IES sem agregar risco demasiado ao
resultado dos negócios educacionais que gerenciam.
Doutor em Administração pela USP, consultor educacional e professor universitário.
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