A utilização do guia SB 21000 no Brasil faria com que as organizações se preparassem para o futuro com muitas regras e possibilidades corretas para ganhos gerais tanto da população quanto da sustentabilidade, o guia é uma contribuição Francesa pra as empresas que querem se destacar e crescer, algo muito comum em nosso país, que atualmente está em uma grande fase continua de crescimento.
A responsabilidade social das empresas entendida como um meio para contribuir como o desenvolvimento sustentável estabelece novos requerimentos para a comunicação empresarial. Para isso, ela deve ser concebida e planejada como uma atividade estratégica com forte comprometimento da alta administração. Os objetivos a serem alcançado vão além da prestação de contas para as diferentes partes interessadas na empresa, tais como os acionistas, trabalhadores, consumidores, fornecedores, autoridades governamentais, comunidade do entorno, associações de ativistas. A comunicação que se processa por meio de diálogo com as partes interessadas constitui uma etapa importante do processo de planejamento estratégico, pois identifica ameaças e oportunidades nas dimensões econômicas, sociais e ambientais da sustentabilidade. Para isso é necessário desenvolver uma nova sensibilidade para com as demandas das partes interessadas.
A competitividade das empresas, um aspecto da dimensão econômica da sustentabilidade, depende de informações confidenciais, por exemplo, as que são geradas em processos de desenvolvimento de novos produtos, de estudos sobre novos mercados e captação de recursos, sendo que muitas têm aparo legal como certo modalidades de propriedade intelectual e certas informações estratégicas para a empresa, cuja revelação prematura pode tumultuar o ambiente de negócio. A divulgação prematura poderia incorrer no aumento das ações da companhia de maneira especulativa sem o necessário respaldo por parte do Conselho de Administração da empresa.
O Guia SD 21000 trata e orienta sobre este tipo de informação que ela denomina informações proprietárias e ressalta que a empresa deve ser transparente nas decisões e atividades que geram impactos em pessoas, grupos sociais e comunidades, devendo estar disponíveis para estes e em linguagem acessível ao nível de compreensão das partes afetadas. As informações proprietárias também geram tais impactos. Manter em sigilo as informações proprietárias e ao mesmo tempo assegurar credibilidade perante as partes interessadas, eis ai um problema monumental para a qual não há receitas prontas.
Esse enorme desafio pode ser adequadamente resolvido da seguinte forma. A transparência deve apoiar-se num compromisso público da alta administração e no diálogo com as partes interessadas. As atividades e operações em andamento que geram impactos conhecidos devem ser objetos dos diálogos com as partes afetadas. O mesmo vale para as atividades projetadas e que dependem de autorizações ou licenças para funcionarem. As atividades e decisões pretendidas que geram.
A comunicação unilateral, na qual a empresa decide com exclusividade o que o público deve saber a respeito dos seus produtos e serviços, suas operações e seus impactos econômicos, sociais e ambientais, já faz parte da história e com certeza não retornará jamais. A responsabilidade social empresarial ampliada, conforme mostrado nesse texto requer uma comunicação baseada em diálogos com as partes interessadas, o que exige uma nova sensibilidade por partes dos dirigentes para com as suas demandas, expectativas e temores, bem como coragem para divulgar o que não anda bem ou teve desempenho abaixo do esperado, relatórios de sustentabilidade elaborados corretamente apresentam boas e más notícias, pois nenhuma empresa consegue fazer corretamente tudo o tempo todo. Relatórios que só apresentam boas notícias estão certamente maquiando a realidade, não convencem e acabam detonando a credibilidade da empresa.
Rubens Cavallaro de Aguiar
Aluno do curso de Gestão Ambiental
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