Sabido, mesmo na era da globalização, novas gerações, tecnologia e valorização do capital humano, que a inserção da pessoa com deficiência - PCD no mercado de trabalho é um assunto que vem sendo amplamente discutido pela sociedade, pessoas, meios de comunicação estendendo-se principalmente para o meio empresarial.
Contudo, é de
nosso conhecimento que isso somente acontece por meio da aprovação de leis
específicas que tentam assegurar tal direito com objetivo final de atingir
simplesmente cotas. Bem assim, sugiro especialmente uma reflexão sobre o
assunto, em que, a proposta geral é oferecer soluções para que a lei de cotas
"de vagas" na organização funcione como instrumento de inserção
social efetiva. Para isso, as organizações e população deveriam integrar-se um
pouco mais com a legislação pertinente e vigente. Hoje, apesar do número
elevado de empresas fora da cota é possível notar que existe uma preocupação
com estes aspectos e também, no que diz respeito à inserção da pessoa com
deficiência, como estrutura/acessibilidade adequada, política de inclusão e
preparo dos demais colaboradores para receber as pessoas com deficiência no
âmbito organizacional. Sugiro como fonte de pesquisa e instrumento para
promover a inclusão social, o Manual de Dicas de Relacionamento com as Pessoas
com Deficiência, elaborado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
e Mobilidade Reduzida da Prefeitura de São Paulo, para subsidiar discussão,
reflexão, melhoria, expertise no assunto, além de adquirir conhecimento de questões
simples de relacionamento, nomenclatura, comportamento, cotidiano e noções de
cada tipo de deficiência.
Minha proposta
e ideia certamente estão atreladas ao comportamento e nas relações intra e
interpessoal, incluindo assim, o entendimento, a educação, empatia e boa
vontade para o novo, para a diversidade, ação que exige um exercício diário com
a quebra de barreiras e paradigmas, julgamento sem fundamento, exercício da
ética, preconceito, incluindo o comprometimento e bom senso de cada um, ato
individual com esperança para mudar o todo.
Sim, creio que
esse é o começo. Tenho que crer, acreditar no sujeito.
Acredito que
deveríamos nos interessar cada vez mais por tal assunto, uma vez que a
população cresce a cada ano, e a oferta de emprego para estas pessoas é
significativa.
A deficiência,
seja ela qual for não deve ser olhada como um fator impeditivo e de alienação
da pessoa no meio onde está inserida, deve sim ser um ponto de partida para uma
junção de forças, vontades e apoio educativo que a orientem e integrem como
futuro cidadão.
Hoje, falar de
inclusão, em nossa sociedade, é um desafio constante. As pessoas são dotadas de
barreiras, existe a separação das escolas regulares dos alunos com deficiência,
parece que o mundo prefere fazer de conta que isso não existe. Sim existe!
Sinto que a barreira mais difícil está relacionada ao preconceito. A segunda é
a estrutura física, que embora não seja tão difícil de ser superado, o poder
público não tem disponibilizado verbas suficientes para que estas barreiras
sejam superadas ou melhoradas. Outra barreira é a falta de conhecimento da
população a respeito dos direitos dos deficientes por parte dos seus familiares
em relação ao convívio, oportunidades de trabalho, educação e relacionamentos.
Faço um questionamento, de que forma lutar por tais direitos se não se sabe nem
mesmo que eles existem?
Com isso, é
urgente o início de um trabalho de divulgação dos direitos que os deficientes
possuem. Quanto professora sinto que o contato das pessoas com deficiência com
as outras, em classe, faz desenvolver sentimentos de respeito, compreensão e
solidariedade.
Tenho absoluta
noção que minhas palavras são apenas pequenos metros numa longa estrada que
temos que caminhar todos em conjunto, mas também sei que os poucos em breve se
tornam muitos, essa é a diferença.
Apesar de toda
as barreiras, falta de informação e qualquer dificuldade, nada deve impedir que
a inclusão aconteça.
É preciso que
as pessoas com deficiência possam ter os mesmos direitos que as demais, isso
inclui sua efetiva inserção, ou seja, é necessário que as empresas proporcionem
um ambiente facilitador e adequado visando o desenvolvimento profissional
destas pessoas e assim, evitar a disputa simplesmente pelo candidato por sua
deficiência e não pela sua eficiência, além de ressaltar o fator primordial de
ser, viver, desenvolver, criar, produzir com todos os direitos de cidadão e não
da lei.
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