terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Alunos de Gestão Ambiental alertam:


O ano de 2015 chegou, e a crise da água no estado de São Paulo segue mais grave do que nunca

O Sistema Cantareira, que atende mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, atualmente tem apenas 6.5% de sua capacidade já contando com a segunda cota do volume morto - que, segundo especialistas, não é seguro para consumo. O Sistema Alto Tietê, que por sua vez atende mais de 3 milhões de pessoas, também se encontra em situação preocupante: desde meados de dezembro está sendo usada a primeira cota de seu volume morto, e o nível atual é de 11.3%.

Até o momento não tem chovido o necessário para reverter a grave crise que resulta primariamente de uma má gestão pública dos nossos recursos hídricos. O risco da água acabar para os habitantes da maior metrópole brasileira em pouco tempo continua presente.

As obras já anunciadas pelo governo estadual, em parceria com o federal, devem demorar dois anos para gerar resultados concretos, não ficando prontas para o período de estiagem que começa em abril. 

E elas não atacam a raiz do problema - apenas terceirizam, trazendo para a Grande São Paulo água de outras bacias que também sofrem problemas de gestão. Pouco (ou nada) se fala de recuperação de mananciais, medidas firmes para reduzir o consumo e desperdício especialmente dos grandes consumidores, e mudanças estruturais no modelo de gestão de recursos hídricos.

Além disso, a conexão entre a atual crise e o desmatamento da Amazônia é um assunto que nenhum nível de governo está discutindo a sério. Estudos indicam que cerca de metade da água das chuvas que caem nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste vêm da Floresta Amazônica, o que mostra a relação direta entre a derrubada da floresta e secas pelo país (que devem atingir 55% dos municípios este ano).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTE