sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Carta de Conjuntua

No mês de Julho de 2014, o ICVM registrou elevação de 0,32%, mais que o dobro da verificada no mês anterior (0,14%). Nos primeiros sete meses do ano, o índice acumula uma alta de 3,98%. Nos últimos 12 meses, o valor acumulado é de 6,61%, ultrapassando assim o limite da meta inflacionária, conforme mostra o gráfico.

A tabela a seguir mostra a evolução mensal do ICVM e em períodos de 12 meses. Nota-se que desde Janeiro as taxas mensais vinham declinando; mas neste mês de Julho, reverteu-se essa tendência. Em período de 12 meses, a inflação acumulada é crescente.



Os Aumentos e Quedas no Mês de Julho

Dos grupos analisados pela Escola Paulista de Negócios, 5 tiveram aumento no mês de Julho e 2 apresentaram queda de preços. Praticamente os grupos de Habitação, Despesas Pessoais e Saúde explicam a majoração de 0,32% no ICVM.
“O grupo habitação que pesa 30,3% no índice, teve uma elevação média de seus preços e serviços em 0,55% e de 5,12% nos últimos 12 meses, e contribuiu com pouco mais da metade (52,1%) para a majoração do índice. Aqui se destacam os aumentos na conta de energia elétrica (+2,61%), gás canalizado (+2,34%), despesas com condomínio (+1,24%) e serviços de reparo no domicílio (+0,67%)”, explica o responsável pela elaboração do Índice.

No grupo Despesas Pessoais, que teve um aumento de 0,54% em Julho, e explica quase um quarto da variação do Índice, já se alcança um expressivo aumento de 9,70% nos últimos 12 meses. Cabem destaques para o aumento de 4,41% para passagem aérea, e que acumula uma grande alta de 26,25% nos últimos 12 meses, e para o aumento da passagem rodoviária de +3,17%.

No grupo Saúde, responsável pelos 25% restantes da majoração do ICVM, tivemos um aumento de 0,72% (o maior verificado em todos os 7 grupos) e já acumula uma alta de 8,35% nos últimos 12 meses encerrados em Julho. Aqui o responsável pela majoração é novamente o Plano de Saúde, com + 0,98% e alta de 9,72% nos últimos 12 meses.

O grupo Alimentação que pressionou o ICVM até o mês de Maio, voltou a desacelerar, o que já havia ocorrido no mês anterior. A alimentação que pesa 16,6% nas despesas da classe média paulistana, acusou uma queda de -0,15% nos preços em Julho e aumento de 8,09% nos últimos 12 meses. Cabe  destaque  para a  queda nas  carnes bovinas (-0,95%),  batata (-25,33%),  tomate (-15,99%),  frango (-1,94%), feijão (-5,40%) e ovos (-3,48%).

O Índice

O Índice do Custo de Vida da Classe Média – ICVM, foi relançado no mês de Maio de 2013 pela Ordem dos Economistas do Brasil, e diz respeito às famílias paulistanas que recebem de 10 até 39 salários mínimos, e abrange cerca de 20% da população da Cidade de São Paulo, e 40% da massa consumidora.


O Novo Índice de Serviços x Produtos

O ICVM foi desmembrado em dois Sub-Índices: Serviços e Produtos. O sub-índice de serviços é composto por 82 itens e tem um peso de 56,41% no índice geral. O sub-índice de produtos apresenta 386 componentes e pesa 43,59%. Em Julho, o índice de serviços experimentou uma alta de 0,56%, e acumula uma elevação de 7,16% nos últimos 12 meses. O índice de produtos aumentou apenas 0,01% em Julho, e a alta acumulada em 12 meses é de 5,90%.



O Índice de Difusão

            Dos 468 produtos pesquisados, 286 ou 61% aumentaram, 38 ou 8% permaneceram estáveis e os restantes 144 ou 31% caíram. Em relação ao mês anterior (66%) o índice apresentou uma desaceleração.


As Fontes dos Dados

            Os dados brutos de preços são fornecidos por 2 fontes: a Ordem dos Economistas, principalmente na construção dos Índices Hedônicos referente a bens e serviços mais sofisticados e que são consumidos e utilizados pelas classes média-média e média-alta. A outra fonte é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE.


OBS: Carta de Conjuntura é um projeto desenvolvido com apoio da Ordem dos Economistas

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