Iniciar esse assunto falando de preconceito,
sinceramente, não é uma tarefa fácil.
Pensar, compreender, identificar e aceitar que
todo sujeito, carrega algum tipo de preconceito - já que “nenhum homem pode
viver sem preconceitos” - é no mínimo reflexivo. Contudo, incabível pensar que o sujeito –
ainda - fortalece uma divisão entre “nós” e “eles”. Mesmo com a Lei n o 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a
vigorar com a seguinte redação: “Art. 1o Serão punidos, na forma
desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional." Art. 20. Praticar, induzir ou
incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa”. Ou seja, preconceito é
crime! Aliás, além disso, é feio.
Infelizmente, o preconceito está inserido no meio
social, sendo um artifício usado no convívio e nos momentos em que nos
defrontamos sempre com o novo, desconhecido, o não familiar ou o diferente; ou
seja, o tempo todo. Sabe-se que o preconceito é uma ideia ou opinião formada de algo. Resumidamente, é
caracterizado quanto um juízo preconcebido é manifestado na forma de atitude ou
comportamento discriminatório perante pessoas, sob condições, limitações, opções,
lugares, tradições, crenças, etc. É inadmissível, além de doloroso, pensar que
alguém possa sentir ou disseminar ódio, hostilidade ou repulsa por conta da
opção, condição, características ou particularidades de alguém. Todo preconceito é intrínseco. Sendo assim, não podemos negar que
preconceito é preconceito em qualquer lugar. Presente aí, aqui, em todo canto.
Está em você, dentro de alguém, nas casas, nas redes sociais, em processos
seletivos, nas ruas, nas escolas, nas organizações, etc. Ideal seria
pensar na inclusão, na disponibilidade das pessoas para integrar, compartilhar
e aceitar a diversidade permitindo que as pessoas pudessem ser elas - sem
mentiras, sem vergonha, sem que o sujeito “diferente” tivesse que deixar a vida
dele do lado de fora, somente para alegrar alguém que não suporta as
diferenças.
Há tempo o assunto não
conscientiza. Há anos a mudança é necessária. Já passou do tempo de pensar que
a palavra de ordem não é tolerar e sim, RESPEITAR.
Creio que a base da
mudança está na educação, no amor ao próximo, no olhar para o ser humano, no
entendimento da vivência em um mundo plural, etc. Pensando em combater o viés inconsciente - todo
mundo tem - ou a resistência de algumas
pessoas opto pela capacitação, conscientização, vontade de conhecer, leitura,
empatia, orientação e conversa. Somente a informação elimina o prejulgamento de
algo e alimenta o sujeito de conhecimento. Em relação às organizações, devem
atuar com verdade. Nada adianta falar de diversidade se o quadro de
colaboradores não estampa essa realidade ou, se não há investimento em processos
de capacitação para orientar e/ou preparar as pessoas para a inclusão e/ou
convívio.
O tempo, as aulas, os
relatos revelam que todos (inclusive as organizações) precisam apresentar
disposição e interesse para compreender que o assunto inclusão e/ou diversidade
é dever de todos. Somente o interesse, informação, querer e motivação fomentam
esse processo.
Se todos entendessem
ou lembrassem o quão delicioso é ser feliz, certamente, permitiríamos a
felicidade do outro. No latim, a palavra respeito significa “olhar outra
vez”. Assim, algo que merece um segundo olhar é algo digno de respeito. Portanto, olhe de novo. Permita. Coloque a lente do amor. Entenda que devemos admirar o caráter, competências, educação, histórias, expertises, vivências e tantas outras coisas que estão muito além das nossas escolhas particulares , limitações ou características físicas.
Pensa ai!
Enquanto pensa aqui, concluo feliz por escrever e afirmar: "minha vida, minhas regras. Sua vida eu RESPEITO". Seja você!
Regina Célia Alves Vargas Pires. Mestre em Recursos Humanos e Gestão do Conhecimento. Docente no Centro Universitário Faculdades
Metropolitanas Unidas.
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