Para o dicionário Aurélio (2010), a palavra projeto vem do latin Projectu, que significa “lançado para adiante”, ou seja, “ideia que se forma de executar ou realizar algo, no futuro, plano, intento, desígnio”
De acordo
com a ISO 10006:2003 (ISO, 2003) - diretrizes para a qualidade de gerenciamento
de Projetos, “Projeto é um processo único, consistindo de um grupo de
atividades coordenadas e controladas, com datas para início e término,
empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos, incluindo limitações
de tempo, custo e recursos”.
Conforme a
ISO 21500:2012 (ISO, 2012) - orientações sobre gerenciamento de projetos, um
projeto “é um conjunto único de processos que consiste em atividades coordenadas
e controladas com datas de início e fim, empreendidas para atingir os objetivos
do projeto. O alcance dos objetivos do projeto requer provisão de entregas,
conforme requisitos específicos”.
Segundo
Kerzner (2006), projeto é: “trata-se de um empreendimento com objetivo bem
definido, que consome recursos e opera sob pressões de prazos, custos e
qualidade. Além disso, projetos são, em geral, considerados atividades
exclusivas em uma empresa”.
Para
Dinsmore e Cavalieri (2006), projeto é um instrumento fundamental
para qualquer atividade de mudança e geração de produtos e serviços. Eles podem
envolver desde uma única pessoa a milhares de pessoas organizadas em times e
ter a duração de alguns dias ou vários anos.
De acordo
com Project Management Institute (PMI, 2013), “Projeto
é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado
exclusivo”.
- Temporário indica uma data início e data fim definidos e não necessariamente,
esse período deva ser de curta duração. O término é alcançado quando os
objetivos forem atingidos ou não e o projeto for encerrado.
- Esforço
temporário não se aplica ao produto, serviço ou resultado
criado pelo projeto; mas ao esforço aos processos de gerenciamento de
projetos.
- Por fim, criar um produto, serviço
ou resultado exclusivo indica que cada projeto tem a sua
forma de ser e gerenciar, mesmo que haja elementos comuns repetitivos.
Alguns
exemplos de projetos são (GASNIER, 2013):
- Projetos
genéricos. Construir uma casa, desenvolver um novo
produto ou serviço, escrever um livro, lançar uma campanha eleitoral e
desenvolver um software.
- Projetos
históricos. Pirâmides do Egito (2700 a.
C.), a Grande Muralha da China (450 a.C.), O Coliseu (70 e 90 d.C.),
Construção de Brasília (1956).
- Projetos
contemporâneos. Internet (1962),
Hidroelétrica de Itaipu (1970), Projeto Genoma (2000), Projeto Belo
Horizonte no século XXI (2004), Projeto Copa (2014) e Projeto Rio (2016).
O que um projeto
NÃO É: diferenças entre gerenciamento de projetos e gerenciamento de operações
Um projeto
não pode ser confundido com uma atividade rotineira e repetitiva.
Operações são esforços permanentes que geram saídas repetitivas, com recursos
designados a realizar basicamente o mesmo conjunto de atividades de acordo com
os padrões institucionais. Os projetos e operações diferem, principalmente, no
fato de que os projetos são temporários e exclusivos, enquanto as operações são
contínuas e repetitivas.
O grande
desafio deste século não é ser mais uma
empresa que gerencia atividades repetitivas baseadas
em seu histórico de gerenciamento de projetos, mas ter a capacidade de
gerenciar atividades nunca realizadas
no passado e que podem não se repetir
no futuro, pois, a cada dia, os projetos tornam-se maiores, diferentes e
complexos (KERZNER, 2011).
Mônica Mancini, PhD, PMP Tem Pós-Doutoramento em Sistemas de Informação/Projetos/USP (2017), Gestão Estratégica de EAD/Senac(2016), MBA em Gestão Empresarial/FGVSP (2007), Doutorado em Ciências Sociais/PUCSP (2005), Mestrado em Administração/PUCSP (1999), Especialização em Administração Industrial/USP (1992) e Graduação em Administração com ênfase em Análise de sistemas/FASP (1989). Possui certificação PMP, COBIT, ITIL-F, ISO 20000, ISO 27002, Green IT Citizen. Sócia Diretora da MM Project Treinamento e Soluções em TI com foco em Treinamento, Projetos e Internet das Coisas. Mais de 30 anos de experiência na área de tecnologia e projetos. Conselheira de Governança do PMI São Paulo (2017-2018). Prêmio Diretora do Ano 2015 e Prêmio Voluntária do Ano 2012 do PMI São Paulo. Gerente, Mentora e Consultora do NepIOT - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Internet das Coisas / IpT. Professora nos cursos de Graduação e Pós-Graduação Lato Sensu.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 10006:2003 - quality management – guidelines
to quality in project management. Rio de Janeiro, 2003
ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
21500:2012 - orientações sobre gerenciamento de projetos.
Rio de Janeiro, 2012.
A
guide de Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide). Fifth
Edition. Newton Square, PA: PMI, 2013.
DINSMORE, P. C. ; CAVALIERI, A. Como se tornar um profissional
em gerenciamento de projetos: livro-base de Preparação para
Certificação PMP - Project Management Professional. Rio de Janeiro.
QualityMark, 2012
FERREIRA, A. B. de Holanda. Novo Aurélio século
XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2010.
GASNIER, D. G. Guia prático para gerenciamento
de projetos: manual de sobrevivência para os profissionais de
projetos. São Paulo: IMAM, 2010
KERZNER, H. Gestão de projetos: as
melhores práticas. 2ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2006.
KERZNER, H. Gerenciamento de projetos: uma
abordagem sistêmica para planejamento, programação e controle. São Paulo:
Editora Blucher, 2011.
MANCINI, Mônica. Gerenciamento de Projetos. In: VASQUES, Edmir; SOUZA,
César (Orgs.). Fundamentos sistemas de informação.
São Paulo: Editora Elsevier, 2014.
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