quarta-feira, 6 de maio de 2015

Dia da Matemática – Uma homenagem ao “homem que calculava”

06 de Maio
Dia Nacional da Matemática
O Dia Nacional da Matemática é comemorado em 06 de maio, data que homenageia Malba Tahan, notório matemático, escritor e educador brasileiro.

O Dia da Matemática é uma data há tempos comemorada informalmente pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Essa comemoração é feita a cada 06 de maio, uma homenagem ao matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan. Alguns estados brasileiros inseriram oficialmente a data em seus calendários, como o Rio de Janeiro, que desde dezembro de 1994 faz essa celebração em razão da lei n° 2501.

A nível nacional, a então deputada Raquel Teixeira foi a responsável por apresentar um projeto de lei, em 05 de maio de 2004, para instituir o Dia Nacional da Matemática. O objetivo era que o Ministério da Educação e da Cultura incentivasse atividades culturais e educativas nessa data. A proposta de Raquel determinava um momento para refletir a educação matemática, incentivando os professores e estudantes a cultivar a cultura e o saber. Apenas em 26 de junho de 2013 a Presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a lei n° 12.835, que instituiu, oficialmente, o Dia Nacional da Matemática, que deve ser comemorado anualmente em todo o território nacional em 06 de maio.

Mas o que levou à escolha dessa data? Essa pergunta é facilmente respondida ao conhecermos a história de Malba Tahan. Nascido em 06 de maio de 1895, no Rio de Janeiro, Júlio César de Mello e Souza (Malba Tahan) começou a lecionar aos 18 anos. Formou-se, posteriormente, em Engenharia Civil, mas nunca exerceu essa profissão. Muito apaixonado pela matemática e pela escrita, Júlio, que gostava de contar histórias, começou a envolver a matemática em seus enredos. Em 1918, levou cinco de seus contos a um jornal carioca, no qual chegou a trabalhar. Como não houve qualquer interesse em suas produções, assinou os contos como R. S. Slade, um pseudônimo para um fictício autor americano. Apenas após essa nova autoria, ele pôde ver um de seus contos publicado no jornal.

Como Júlio era admirador da cultura árabe, passou a incluí-la em suas produções. Por essa razão, decidiu assinar suas obras como uma terceira pessoa: um árabe. Mas para garantir notoriedade, ele escreveu uma falsa biografia para Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan, um admirável escritor com uma grande história de vida. Após ter diversos contos publicados com esse pseudônimo, ele conseguiu lançar, em 1925, seu primeiro livro matemático: Contos de Malba Tahan.

A fama alcançada por suas revolucionárias produções permitiu que Júlio César se tornasse conhecido como o verdadeiro autor do livro no ano de 1933. Mas como o pseudônimo tornou-se maior, ele nunca deixou de assinar o nome árabe e recebeu até mesmo uma autorização de Getúlio Vargas para que constasse ao lado de seu nome, em sua carteira de identidade, o pseudônimo “Malba Tahan”.

Ao longo de seus 79 anos, Malba Tahan publicou 120 livros, sendo 51 voltados à Matemática. Nessas obras, conseguiu repassar o conteúdo matemático em uma esfera envolvente com enigmas e fantasias, tornando-o uma aventura divertida e empolgante. Por essa diferenciada forma de escrever, até a data de seu falecimento, ele já havia vendido mais de um milhão de livros. Seu livro mais famoso, “O homem que calculava”, tornou-se um best-seller que até hoje atrai as novas gerações.


Por Amanda Gonçalves

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