quarta-feira, 4 de maio de 2011

Artigo: MONITORAMENTO DE STAKEHOLDERS - parte 1

Monitoramento de Stakeholders no contexto das Estratégias de Responsabilidade Sócioambiental - por FABIANA PINHEIRO

Esta semana trazemos mais um artigo importante e divulgamos aqui a primeira parte.

Fabiana Pinheiro, mestre em administração pela PUC-SP; Gerente Geral de Comunicação e Relações com o Mercado de Indústria de Cimento e Professora de Responsabilidade Social Empresarial na Escola Paulista de Negócios.

O tema sustentabilidade, gradativamente, deixou de se constituir em mera preocupação ou em discurso de poucos e passou a representar uma prática cada vez mais adotada pelas organizações, chegando a alterar seu posicionamento estratégico e, por conseguinte, a influenciar diversas de suas atividades e funções e, mesmo, criando novos campos de atuação. Assim os preceitos da sustentabilidade são hoje, inequivocamente, uma preocupação das empresas modernas.

Essa nova realidade exige que as organizações empresariais modifiquem seu padrão usual para fins de tomada de decisão estratégica, normalmente baseada na observação endógena, e assuma como dimensão estratégica o olhar dos que com ela estão envolvidos, ou seja, os acionistas, clientes, comunidade, fornecedores, sociedade civil, governo, colaboradores, etc.

Sabe-se que diversos aspectos externos afetam as organizações por fatores que podem ser classificados, por exemplo, em tecnológicos, econômicos, políticos, demográficos, sociais, culturais, legais e ecológicos. Sabe-se também que cada organização opera em um ambiente que lhe é específico, que depende da estrutura do setor em que atua e da dimensão de seu mercado relevante (em termos geográficos ou de produto), sendo que autores como Bowditch e Buono atestam que tal ambiente específico (ou direto) contém “públicos relevantes externos”[1] que devem ser observados e acompanhados. Para tanto, as organizações se valem de diversos instrumentos de monitoramento.

Ocorre que as usuais ferramentas para tal monitoramento normalmente baseiam-se em modelos ou em instrumentos matemáticos, que variam das simples análises de regressão, passando por métodos de Pesquisa Operacional como, por exemplo, pelo MCDA (multicriteria dicision aid), até a análise envoltória de dados (DEA – data envelopment analysis), gerando indicadores ou sistemas de preferências utilizados para auxiliar o processo de decisão estratégica.


[1] Ver a respeito: BOWDITCH, J. L. ; BUONO, A. F. Elementos do comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992.
 

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