O Grupo de Conjuntura da Escola Paulista de Negócios que ontem se reuniu, reafirma sua
expectativa de que a economia brasileira terá crescimento moderado em 2012.
Atestam que apesar do avanço menor do nosso
PIB, o Brasil será uma das exceções entre os países da OCDE, já que a maior
parte das grandes economias deverão perder força nos próximos meses
caracterizando uma desaceleração da atividade econômica mundial. O Grupo de Conjuntura aposta também num
crescimento abaixo daqueles que vinham mantendo para a China, a Índia e a
Rússia.
Note-se que salvo o Reino Unido que dá sinais
de certa recuperação econômica ao passo que as economias da zona do euro
continuam a ser o principal foco de enfraquecimento, agora acompanhados do
Japão.
Um dos sinais identificados como positivos
pelo nosso Grupo de
Conjuntura é
que após
nove meses parado, o consumidor voltou a buscar crédito. Segundo dados da
Serasa, a busca por crédito subiu em julho e o número de pessoas que procuraram
por crédito aumentou 8% na comparação com junho. Alerta o Grupo, entretanto,
que no acumulado do ano, a busca por crédito registra queda.
Ao analisar o crédito por classe de renda, o
maior avanço é entre os consumidores que ganham na faixa que vai de R$ 1.000 a
R$ 2.000 mensais, sendo que nos sete primeiros meses de 2012, a faixa que mais
apresentou alta na procura por crédito, foi aquela que recebe até R$ 500
mensais.
Destaque-se ainda
que inadimplência parou de subir, mas continua no segundo maior patamar da
série histórica. O Grupo de
Conjuntura acredita que a redução no crescimento da inadimplência e o
aumento verificado na procura por crédito são reflexos dos impactos provocados
pelas políticas governamentais de reduções das taxas de juros e incentivos
fiscais por meio do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
São tais aspectos aliados a novas quedas nas
taxas de juros que podem beneficiar o ritmo, mesmo que lento, do crescimento do
PIB.